domingo, 30 de novembro de 2008

VÁ AO TEATRO!!




Fim de semana agitado. Coisas chatas aconteceram, mas no fim, tudo acabou bem e eu me diverti horrores ao lado de gente querida.
Sábado teve churrascão de 11 horas de duração no meio de gente família, amados de verdade! Salve a Casa de Orações Mensageiros da Paz (Niterói) e seus filhos!

Domingão fechou com chave de ouro: Leitura de uma peça maravilhosa no CANEQUINHO CAFÉ, ao lado do bom e velho CANECÃO. Ismael convocou e eu compareci. Casa cheia. Globais e talentosíssimos no palco. "A LIRA DOS VINTE ANOS", de Paulo César Coutinho, emociona e energiza com um texto marcante e cheio de paixão.



Apresentada em lugar aconchegante, no coração da Zona Sul do Rio, preços bons e fotógrafos à la Canecão que, depois do espetáculo oferecem as fotos por valor acessível (água mineral: R$ 2,50; porção de pastelzinho: R$ 9,00).
Com muita satisfação descobri que quem está na direção da Casa é meu querido amigo Barizon e sua digníssima esposa, Tati. Armando Babaioff, primo de minha amigona Flavia Fernandes e cuja reputação é consagrada na TV e no Teatro (O Santo E A Porca), mais uma vez marcou seu estilo caloroso de atuar. Muitas "coincidências" no mesmo lugar e, claro, um querido irmão: Ismael Fiorentin de quem partiu essa idéia genial!
Tomil Gonçalves, fez uma introdução esclarecedora sobre autor, texto e a época em que tudo aconteceu. Ele, que esteve na direção do sítio do Pica-Pau Amarelo, definiu a obra como autobiográfica.



Pedro Neschling aceitou o convite do Ismael para dirigir a peça e o fez com a maestria de veterano. Lindo!
O memorável Paulo César Coutinho, autor do texto, escreveu que o título da peça "é uma referência do poeta Álvares de Azevedo, por analogia entre os jovens militantes de 68 e os grandes românticos do século passado. A repressão da ditadura militar, que cortou tantas vidas em seu início, tem por equivalente a tuberculose galopante daquela época, que matou inclusive o poeta da "Lira" aos vinte e um anos. Em 68, minha mãe resistia ao massacre cotidiano tocando piano da sala. Enquanto isso nós, estudantes, resistíamos à polícia nas ruas com pedras nas mãos. O som das teclas e o som das pedras se sobrepõem em minha memória, como diferentes acordes de um mesmo concerto. Por isso, está é uma peça para piado e pedras."





Essa estória tem que virar um filme!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

SEM DEMAGOGIA



Olá, meus queridos. Não tô aqui pra fazer apologia, nem pra puxar saco de ninguém. Valorizo pessoas que se dispõem a ajudar o próximo. Graças a Deus eu faço minha parte.
Mas antes de pensar no próximo, tento me descobrir, me encontrar, me aceitar do jeito que sou e tentar mudar aquilo que não me agrada em mim. Você já tentou fazer isso? É maravilhosa a descoberta de nós mesmos e valiosíssima! Mudando algo dentro de nós, podemos mudar muita coisa ao nosso redor.

O autoconhecimento é fundamental para desenvolver o amor por si mesmo e fortalecer a auto-estima. É muito difícil alguém se conhecer interiormente quando a busca está sempre no externo. Buscam cuidar da pele, mudar o corte do cabelo, comprar roupas, carros, eliminar alguns quilinhos, mas quase sempre esquecem que o caminho deve ser o contrário, de dentro para fora.

Um exercício eficaz:
Escreva 10 características positivas suas.
Depois escreva 10 defeitos que consiga ver em você ou coisas que queira mudar no seu comportamento.
Qual lista foi mais fácil elaborar? Aposto que foi aquela dos defeitos, dos pontos negativos. E quais seriam as características internas, sejam positivas ou negativas? Você tem muitas qualidades externas e poucas internas? Ou será o contrário. Pare e pense nisso.

Não se prenda ao que dizem ao seu respeito afinal, quem mais convive com você é vc mesmo!
Além da psicanálise, um ótimo método para o autoconhecimento é a meditação. Com a freqüência dessa técnica de relaxamento, você entra em contato com o seu EU mais profundo. Você se desliga do que está fora de você. Com o tempo, tudo muda, inclusive seu comportamento, é quase imperceptível.

O conhecimento de si distingue-se do conhecimento de outras coisas (as coisas exteriores ao sujeito) por ser ser imediato, no sentido de não depender de evidências. O autoconhecimento é fruto da introspecção. O sujeito tem acesso privilegiado aos próprios pensamentos; conhece os próprios pensamentos de uma maneira que os outros usualmente não conhecem. Tal acesso privilegiado é a marca da autoridade da primeira pessoa; pois o que o sujeito diz sinceramente que pensa deve ser considerado como o que ele pensa, enquanto o que uma outra pessoa diz que o sujeito pensa não é um relato que desfrute da mesma autoridade.

Filósofos como Platão, Spinoza, Freud e Moran fazem parte de uma tradição que vê o autoconhecimento como uma conquista ou realização que traz saúde e liberdade para a pessoa. Esse projeto ético tem suas raízes no dito do oráculo de Delfos que tanto influenciou Sócrates: Conhece-te a ti mesmo.

De acordo com essa tradição, o autoconhecimento é uma realização, ao invés de algo dado ou prontamente disponível ao sujeito. Para conhecer-se a si mesmo, o sujeito precisa refletir, e interpretar a si mesmo. Não é fácil, mas é precioso.

Há filósofos da antigüidade que viam o autoconhecimento como algo bom por si ou por fins práticos. Há outros que vêem o autoconhecimento como algo moralmente valioso, mas difícil de ser alcançado por causa da natureza inefável do sujeito. Entre os defensores de tal posição está Nietzsche. Há os que vêem o autoconhecimento como uma autocrítica. Tal posição é encontrada no Eclesiastes, em Spinoza, em Nietzsche, Heidegger, Sartre e Moran.

Leia, se informe e transforme suas energias em pontos positivos e luminosos. Durma melhor, se relacione melhor, viva melhor e se aceitando com defeitos e qualidade, pois quem não os têm??


LUZ

OBS: GASPARETTO ESTÁ REUNINDO PESSOAS INTERESSADAS NESSES PROCEDIMENTOS DE AUTOCONHECIMENTO. EU VOU!

RECOMENDO O "JOGO DO EU" QUE VAI AJUDAR MUITO NESSA DESCOBERTA DE SI MESMO.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

RECOMENDAÇÃO DE LEITURA




Pra quem não sabe eu sou uma estudante e praticante do Espiritismo de Kardec. Ando lendo coisas interessantíssimas sobre o tema e gostaria de compartilhar com os leitores do "EU BERRO".

O primeiro deles é uma obra sobre a senhora Elisabeth D´Espérance (DIMENSÕES DA MEDIUNIDADE, de L. Palhano Jr.), médium que se propôs a ser cobaia de experimentos científico-espirituais. Uma raridade, ela tinha todos os graus de mediunidade: via, sentia, psicografava, intuía, incorporava. Tudo em uma só pessoa. Esse livro mostra provas de que realmente a espiritualidade e a vida na Terra têm uma ligação. Há fotos e testemunhos de médicos, cientistas, pesquisadores, juízes das experiências produzidas em sessões mediúnicas. Vale ler e conhecer como tudo isso começou e, hoje, é utilizado em diversos centros, tendas, terreiros e casas espíritas.


Outro livro muito bom que ainda não terminei é sobre a vida e os pensamentos de SÓCRATES. Parece loucura, mas tem tudo a ver com o Espiritismo. Ele fala da Alma, do Deus interno, da coerência do saber com o praticar e da importância em conhecer a si próprio, dentre outras coisas: "HOMEM, CONHECE-TE A TI PRÓPRIO", o que é fundamental para se lidar com a espiritualidade. Mexa-se, leia!





Num belo fim de semana do final de outubro resolvi fazer uma pequena aventura: conhecer alguma cidade do Rio de Janeiro. Cansada de sempre ir aos mesmos picos (Arraial, Búzios, Itaipava, Angra, Ilha Grande, etc), catei no mapa um nome desconhecido. Procurando na net, achei SUMIDOUR, uma cidade que ainda abriga construções de séculos atrás, atrações como cachoeiras, fazendas com suas senzalas e características da realeza. Pesquisei muito e chequei algumas hospedarias: apenas duas restaram, o resto estava desativada. Mesmo assim fiquei supercuriosa e parti. São dois caminhos indicados nos sites para se chegar até lá: Niterói-Manilha, por Friburgo e Washington Luís, indo por Teresópolis. Saí do Rio umas 23h e fui por Terê por ser mais perto.

Até a chegada de Terê foi tranqüilo, ótimas condições da estrada e tal. Já seguindo para Além Paraíba, o trajeto foi ficando pior. A primeira placa para SUMIDOURO apareceu à frente e entrei. Estrada de paralelepípedo, ok. Estrada de terra, ruim, pedaço de asfalto, péssimo, mais chão e mais chão. Finalmente chego à SUMIDOURO, a chamada Cidade-Paraíso. Paraíso de ninguém porque não tinha uma viva alma na rua. Encontramos uma pousada: Santos. Toquei o interfone e nada...telefone nada...insisti no interfone e uma voz sonolenta atendeu: "Estamos lotados, não há vagas." Muito estranho...uma quinta-feira de madrugada estar lotado? Nem feriado era...

A outra pousada ficava no lado oporto da rua. Liguei e...surpresa!! "Não há vagas, estamos lotados." Que isso! Búzios tá perdendo pra SUMIDOURO??? Procurei no mapa e a cidade mais próxima é CARMO. Cerca de 35min até lá, em péssimas condições de pavimentação. Finalmente! Dois hotéis, um do lado do outro. Escolhi o Portugal. Havia um recepcionista para atender a porta!! Desconfiado, olhando com cara de surpresa, perguntou duas vezes de onde eu era. Felizmente arrumou um quarto de frente com varanda. Noite bem dormida.

Dia seguinte pela manhã, minha meta era finalmente conhecer a bendita SUMIDOURO, suas cachoeiras, sua história e arquitetura. Chgando lá, procurei a prefeitura para obter informações sobre os pontos turísticos e um mapa local. O rapaz responsável pelo Turismo não se encontra. Procura mapa daqui, dali, nas gavetas, armários, arquivo e nada. Uma meia dúzia de casas dos idos de 1880 e só. Achei o CASARÃO (foto), onde viveu uma família e, segundo o site do Governo, preservava uma senzala. Um senhor simpático, do movimento Pró-Memória da cidade me recebeu mas todas as informações que conseguiu fornecer eram acompanhadas de "dizem que", "parece que", "acho que". A construção em ruínas, sem luz, empoeirada, cheia de móveis atuais empilhados, um horror! Decepção primeira.


Por conta própria decidir achar as cachoeiras do Conde D´Eux, da Bahiana, a Caverna de Ceci (onde se encontrava com Peri) e Caramandu (três morros em forma de pirâmide), segundo o site, um lugar considerado místico. Cheguei até a Fazenda Santa Cruz, onde duas senhoras retiravam cachaça do alambique. Lá, me informaram que a Cascata do Conde e Caramandu ficavam na mesma direção. O tempo estava chuvoso e a lama tomava conta da pista. Fui de guerreira, não tenho carro 4x4, mas tava valendo. Depois de dirigir cerca de 20 minutos, quase atolei umas três vezes. Sem placa, sem pedestre, sem peão, nem uma vaca aparecia. Desisti e voltei pra casa, pra metrópole, revoltada. Nunca mais. Deixa que semana que vem eu vou é pra Búzios fazer aqueles passeios de barco, comer na rua das pedras, contemplar a natureza e voltar pro Rio com sentimento de dever cumprido!

SUMIDOURO!! Nunca mais!!