
Fim de semana agitado. Coisas chatas aconteceram, mas no fim, tudo acabou bem e eu me diverti horrores ao lado de gente querida.
Sábado teve churrascão de 11 horas de duração no meio de gente família, amados de verdade! Salve a Casa de Orações Mensageiros da Paz (Niterói) e seus filhos!
Domingão fechou com chave de ouro: Leitura de uma peça maravilhosa no CANEQUINHO CAFÉ, ao lado do bom e velho CANECÃO. Ismael convocou e eu compareci. Casa cheia. Globais e talentosíssimos no palco. "A LIRA DOS VINTE ANOS", de Paulo César Coutinho, emociona e energiza com um texto marcante e cheio de paixão.

Apresentada em lugar aconchegante, no coração da Zona Sul do Rio, preços bons e fotógrafos à la Canecão que, depois do espetáculo oferecem as fotos por valor acessível (água mineral: R$ 2,50; porção de pastelzinho: R$ 9,00).
Com muita satisfação descobri que quem está na direção da Casa é meu querido amigo Barizon e sua digníssima esposa, Tati. Armando Babaioff, primo de minha amigona Flavia Fernandes e cuja reputação é consagrada na TV e no Teatro (O Santo E A Porca), mais uma vez marcou seu estilo caloroso de atuar. Muitas "coincidências" no mesmo lugar e, claro, um querido irmão: Ismael Fiorentin de quem partiu essa idéia genial!
Tomil Gonçalves, fez uma introdução esclarecedora sobre autor, texto e a época em que tudo aconteceu. Ele, que esteve na direção do sítio do Pica-Pau Amarelo, definiu a obra como autobiográfica.

Pedro Neschling aceitou o convite do Ismael para dirigir a peça e o fez com a maestria de veterano. Lindo!
O memorável Paulo César Coutinho, autor do texto, escreveu que o título da peça "é uma referência do poeta Álvares de Azevedo, por analogia entre os jovens militantes de 68 e os grandes românticos do século passado. A repressão da ditadura militar, que cortou tantas vidas em seu início, tem por equivalente a tuberculose galopante daquela época, que matou inclusive o poeta da "Lira" aos vinte e um anos. Em 68, minha mãe resistia ao massacre cotidiano tocando piano da sala. Enquanto isso nós, estudantes, resistíamos à polícia nas ruas com pedras nas mãos. O som das teclas e o som das pedras se sobrepõem em minha memória, como diferentes acordes de um mesmo concerto. Por isso, está é uma peça para piado e pedras."


Essa estória tem que virar um filme!













